Será que
o querido leitor, apreciador do Rock 'n' Roll dos idos anos 70 e 80,
nunca se
perguntou
por que o Rock Mainstream de hoje em dia deixa tanto a desejar? A
resposta é
bem
simples: tais bandas somente preservam alguns elementos musicais
interessantes de
outrora,
mas, ao mesmo tempo, ignoram a vibração e o clima que levou o
estilo ao seu auge
naqueles
tempos. Temos então, como grandes ícones do estilo na atualidade,
as mesmas
bandas de
25 ou 30 anos atrás.
Tendo em
mente o que fora exposto no parágrafo anterior, dou início a minha
coluna com um
álbum do
veterano guitarrista Johnny Marr (ex-The Smiths). Em Playland (2014),
o que se ouve
é uma
ótima atualização do post-punk/goth rock das melhores décadas da
indústria musical.
Aqui
ouvimos um rock numa linha bem semelhante às bandas alternativas de
hoje em dia
porém,
com uma versatilidade e uma atitude bem incisiva nas composições e
arranjos.
Tudo feito
de forma bem peculiar e com muito sentimento.
O álbum
se inicia com um de seus destaques, a faixa "Back in the Box".
Com rítmo acelerado,
lembra a
memorável "Disorder", do Joy Division. Destaco também o
trabalho cativante aqui
desempenhado
pelas guitarras e pela melodia vocal extremamente grudenta.
Seguimos
com a dançante, moderna e não menos grudenta "Easy Money".
Depois com
a oitentista e sentimental "Dynamo" que possui guitarras
pesadas nas estrofes
um lindo
refrão que nos remete bastante às melhores melodias do Cure.
Novamente
remetendo ao Cure, temos "Candidate". Prosseguimos com "25
Hours" com sua
interpretação
vocal e mais um ótimo trabalho de guitarras e bastante ênfase nos
teclados. Já um
pouco
abaixo do nível das canções anteriores temos a "semi-balada"
"The Trap".
Chegamos
agora a mais um ponto alto de "Playland" com sua
faixa-título. Nela encontramos
linhas de
baixo e uma levada de bateria bem secas e num andamento acelerado
perfeitamente
combinadas
com guitarras mais suaves e teclados muito bem utilizados. Destaque
também para
o refrão
possuidor de uma linha vocal bem básica porém altamente
contagiante.
Mais uma
faixa temperada à moda dos anos 80: "Speak Out, Reach Out".
Esta agrada em cheio,
principalmente
aos fãs do Specimen. Aceleramos o rítmo com "Boys Get
Straight" que lembra
um pouco a
saudosa ex-banda de Johnny. Na bela "This Tension" temos o
ápice do trabalho
vocal de
todo o disco além da presença muito bem-vinda de teclados que a
conferem um
clima mais
introspectivo. Fechamos a animada porém um tanto banal "Little
King".
Chegada ao
fim a audição de Playland, chega-se a inevitável conclusão de que
mais vale
um velhote
veterano com seu Rock pulsando nas veias do que multidões de novas
bandas
"alternativas"
(indies?) sofrendo de decadência precoce.
FAIXAS
1. "Back
in the Box" 3:05
2. "Easy
Money" 4:05
3. "Dynamo"
3:59
4. "Candidate"
4:50
5. "25
Hours" 3:35
6. "The
Trap" 3:24
7. "Playland"
4:41
8. "Speak
Out Reach Out" 4:04
9. "Boys
Get Straight" 3:02
10. "This
Tension" 4:01
11. "Little
King" 3:14
SOBRE O COLUNISTA :
CARLOS LICÁ
Nascido em 1985, na cidade do Rio de Janeiro, Licá apaixonou-se pela música graças ao clássico álbum Live After Death, do Iron Maiden.
Mais tarde, começou a se interessar por guitarra e freqüentou aulas de canto. Aprecia bandas e artistas de gêneros bastante variados:
Hanoi Rocks, Iron Maiden, Skid Row, Ratt, Winger, Stryper, Grim Reaper, Guns 'n' Roses, New York Dolls, Aerosmith, Joy Division,
Ramones, Muddy Waters, Jerry Lee Lewis além de obras de gênios da música erudita como Beethoven, Mozart, Chopin, Seixas e Villa-Lobos.
SOBRE O COLUNISTA :
CARLOS LICÁ
Nascido em 1985, na cidade do Rio de Janeiro, Licá apaixonou-se pela música graças ao clássico álbum Live After Death, do Iron Maiden.
Mais tarde, começou a se interessar por guitarra e freqüentou aulas de canto. Aprecia bandas e artistas de gêneros bastante variados:
Hanoi Rocks, Iron Maiden, Skid Row, Ratt, Winger, Stryper, Grim Reaper, Guns 'n' Roses, New York Dolls, Aerosmith, Joy Division,
Ramones, Muddy Waters, Jerry Lee Lewis além de obras de gênios da música erudita como Beethoven, Mozart, Chopin, Seixas e Villa-Lobos.
0 comentários:
Postar um comentário